domingo, janeiro 15, 2012

Mateus 22:36-40

Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
Este é o primeiro e grande mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

I r a d o



UM MENINO NEGRO ENTRA EM UM MERCADO.
UM HOMEM BRANCO DIZ: NÃO PERMITO PESSOAS DE COR AQUI

O MENINO NEGRO DIZ:
EU NASCI PRETO. QUANDO EU ESTOU CONGELANDO, EU SOU
NEGRO. QUANDO ESTOU DOENTE, EU SOU NEGRO. QUANDO EU ESTIVER MORTO, ESTAREI NEGRO. QUANDO VOCÊ NASCE, VOCÊ É ROSA. QUANDO VOCÊ ESTÁ CONGELANDO, VOCÊ É AZUL, QUANDO VOCÊ SE SENTIR ENVERGONHADO, VOCÊ FICA VERMELHO. QUANDO VOCÊ ESTÁ MORTO, VOCÊ FICA ROXO, E VOCÊ ESTÁ ME CHAMANDO DE PESSOA DE COR?

Katie - Capítulo 4

Capítulo 4


Quando eles chegaram ao Ninho da Pomba, Rick saiu do carro, mas Katie não.

- Eu acho que vou esperar aqui, - ela disse.

Ele olhou surpreso. Katie geralmente não se afastava de uma potencial oportunidade
social.

- Você está bem?
- Sim, eu só quero sentar por um minuto. Eu vou entrar se ficar entediada.
- Ok. Eu já volto.

Ela pensou que se ela sentasse sozinha por alguns minuto, algumas respostas viriam a
ela em relação a várias questões da vida que a estavam pressionando.
Seu relacionamento com Rick estava sempre no quadro “Para discussão” na mente de
Katie. Em segundo estava a inesperada oferta de Julia para o cargo de AR(assistente dos
residentes). A terceira decisão pendente era sua carreira.
Mais cedo nessa semana Katie teve uma conversa não muito agradável com seu
conselheiro. Quando ela começou na Universidade Rancho Corona, Katie tinha sido
transferida com uma variedade de créditos da faculdade comunitária (faculdade para
alunos de uma comunidade específica) e tinha declarado botânica como sua carreira.
Após suas tentativas não tão bem sucedidas criando seus próprios chás de ervas, ela
tinha mudado para biologia com o pensamento de que ela poderia se tornar uma
professora. Esta opção deixou de ser atrativa para ela há uns quatro meses atrás.
Agora que ela estava para completar seu penúltimo ano na faculdade, seu conselheiro
apresentou algumas possibilidades nas ciências. Nenhuma das opções pareceu desejável
ou boa escolha para Katie. Ela tinha evitado sua reunião marcada por dois cursos de
verão com aulas de educação geral. Ela também deixou escritas as palavras “não
declarado” em um formulário onde uma carreira precisava ser listada antes que ela
pudesse completar seu registro para o último ano.
Katie tinha conversado com Rick por duas vezes sobre o que ela chamava de “dilema de
carreira”. Ele sugeriu que ela seguisse a carreira de negócios, mas Katie não conseguia
visualizar isso. Ela não queria gerenciar um Café como Rick fez.
Mas então, ela não conseguia se ver em nenhuma outra carreira em particular.
Talvez eu nem devesse estar indo para a faculdade. Talvez eu devesse parar agora e
esperar até que saiba o que eu quero ser quando eu crescer.
Ela se se encostou à porta do carro e passou os dedos nas pétalas do buquê de Cris.
Katie tinha deixado seu dilema de carreira fora das suas conversas com Cris nas últimas
semanas. Sua melhor amiga estava muito ocupada com suas provas finais, formatura e
planos de casamento. Ela não precisava ajudar Katie a resolver seus problemas. Katie
estava determinada a resolver este por conta própria.
Só que não exatamente agora.
Rick não voltou para o carro tão rápido quanto Katie esperava. E ela não gostou tanto de
ficar sozinha quando ela pensava que iria gostar.
Deixando o buquê no carro, Katie entrou no Ninho da Pomba. Ela achou Rick na
cozinha, deitado no chão com a cabeça embaixo da pia.

- Me diga que você não está fazendo o que eu acho que você está fazendo.
- Katie, olhe só isso. Carlos disse que ele acha que as formigas estão entrando na parede
por aqui, na conexão dos canos.

Katie cuidadosamente ficou com as mãos e os joelhos no chão e girou a cabeça para
olhar embaixo da pia. Ela não via nenhuma formiga.

- Rick, está na hora de você chamar um profissional. Sério.
- Um exterminador?
- Ou um exterminador para matar suas formigas imaginárias ou um terapeuta
profissional para te convencer que as formigas não existem.
- Elas existem. Você só não estava aqui quando elas vieram em massa.
- Se você está dizendo. E por falar nisso, você ainda está usando um terno alugado. Só
em caso de você ter esquecido.

Ele levantou e ofereceu a mão a Katie.
Ela levantou.

- O que agora? Você está planejando ir para a lixeira para ver se você
encontra algum roedor?
Rick abaixou o queixo. - Roedores, hã?
- Sim, porque, você sabe, parece que você está vestido para um pequeno mergulho na
lixeira.
- Se eu estou indo, você vai comigo.
- Ah, é? Eu gostaria de ver isso acontecer.

Num rápido movimento, Rick agarrou Katie em volta dos joelhos e a colocou sobre suas
costas como se ela fosse um saco de batatas vestido num vestido de dama azul.

- Rick!

Ele cruzou a cozinha em quatro passos largos e disse “Lixo”, como se ele saísse em
direção à lixeira.
Katie riu e bateu nas costas de Rick com as mãos fechadas. Antes que ela pudesse
ameaçá-lo, duas garotas da Racho Corona a chamaram. Elas estavam estacionadas perto
da área da lixeira.
Rick rapidamente colocou Katie no chão, como se de repente percebesse o quanto ele
estava sendo não-profissional em seu lugar de trabalho. Katie ajeitou o cabelo para trás;
seu rosto ficou rosado. As duas meninas saíram do carro e cumprimentaram Katie, mas
os olhos delas estavam em Rick.

- Ei, Carley, Tifannie, - disse Katie descontraidamente. - Linda noite, vocês não
acham?

As duas meninas estavam usando camisetas rosas. O cabelo loiro de Carley estava preso
em um rabo de cavalo, e Tifannie usava seu cabelo loiro em duas tranças frouxas.

- Nós demos uma pausa no estudo para comer. O que vocês estão fazendo? - Carley
perguntou.
- Nós estamos dando uma pausa no estudo também. - Katie deu um sorriso de lado para
Rick. - Um de nós estava estudando formigas, e um estava coletando dados para uma
pesquisa sobre roedores.
- Formigas? - Tifannie perguntou.
- Roedores? - Carley completou. - Vestidos assim?
- Nós estávamos em um casamento hoje cedo, - Rick explicou.
- Você é o Rick, não é? - Carley perguntou. - Você é o gerente aqui, certo?

Ele concordou, com uma expressão que parecia ser uma mistura de vergonha por ter
sido pego em um comportamento inapropriado e orgulho por ter sido identificado como
gerente. Katie percebeu que não foi bom ter mencionado sobre formigas e roedores no
restaurante de Rick.

- Nós amamos sua pizza San Felipe, - disse Carley.
- Sim, é nossa favorita, - Tifannie concordou.

Carley listou suas bebidas favoritas do cardápio do Ninho da Pomba, e Tiffanie
concordando com tudo.
Rick continuou sorrindo, o que fez com que Katie quisesse dar um tapa nele e dizer,

- Não vá ter uma overdose com tanta bajulação, Doyle. - Ela estava acostumada com sua
rotina de gerente amigável e seria a primeira a dizer que Rick era ótimo em relações
públicas.
- EU tenho que voltar lá dentro e pegar minhas chaves,- Rick disse. - Quando vocês duas
forem pedir, chamem a Andrea. Eu vou garantir que ela dê a vocês duas xícaras de
expresso como minha contribuição para a pausa no estudo de vocês.
- Wow, obrigada!

Rick correu de volta para a porta da cozinha, e Carley disse para Katie,

- Seu namorado é o melhor cara que existe.
- Meu namorado, - Katie repetiu, gostando da forma como soou.

No estranho silêncio que se seguiu, Carley adicionou,

- Ele é seu namorado, não é?

Antes que Katie pudesse surgir com algum tipo de resposta, Rick voltou e disse,

- Tudo certo. Andrea está esperando por vocês. Pronta, Katie?
- Sim, estou pronta.

Katie podia sentir o olhar da meninas enquanto elas assistiam sua saída com Rick. Ela
teria adorado se Rick tivesse colocado seu braço em volta dela ou segurado sua mão.
Qualquer gesto de afeição para mostrar a Carley e Tiffanie que Katie e Rick estavam
juntos. Mas Rick manteve suas mãos para si mesmo. Ele e Katie andaram lado a lado, se
comportando como empregados respeitáveis e bem-vestidos do Ninho da Pomba.
Enquanto eles voltavam para Rancho Corona, Katie girava o buquê de Cris no seu colo.
Ela foi atraída pelo perfume das gardênias murchas e riu, pensando em Cris e Ted. Eles
estavam no avião agora, voando para Maui.

Por que você está rindo? - perguntou Rick.
- Por nada.

Rick olhou com um olhar de dúvida para ela.

- Ok, eu não posso mentir. Eu estava pensando sobre Ted e Cris e o casamento e, você
sabe, um monte de coisas melosas.
- Coisas melosas, hã?
- Sim, coisas melosas.
- Você quer saber o que eu estava pensando? - Esta era uma pergunta rara vinda do Rick.
- Claro. O que você estava pensando?
- Eu estou muito feliz com o jeito que nosso relacionamento está. Eu acho que as coisas
estão indo bem.

Katie esperou que ele adicionasse alguma coisa mais comprometedora. Ele não disse
mais nada.
Então Katie adicionou seus próprios pensamentos.

- EU acho que nós estamos na pista lenta por muito tempo.

Rick olhou para ela, parecendo confuso.

- Esta estrada só tem uma pista nessa direção.
- Eu quis dizer a pista lenta na estrada do nosso relacionamento.

Rick ainda parecia confuso.
Katie virou os olhos.

- Rick, eu e você estamos levando nosso relacionamento lento por
muito tempo. Quer dizer, l-e-n-t-o. Não que eu tenha nenhuma reclamação importante.
Eu só pensei que talvez você fosse dizer que estava pronto para ligar a seta.
- E ligar a seta significaria que nós estamos prontos para ir para uma pista rápida?
- Certo. Ou pelo menos pensando em mudar de pista. E isso não tem que ser uma
mudança para a pista rápida. Poderia ser a pista do meio. Ou se nós estivéssemos num
relacionamento com uma estrada de seis pistas, então esta seria uma mudança de pista
ainda menor. É que nós estamos nessa pista lenta por tanto tempo que nós caímos na
rota dessa estrada.

Rick continuou dirigindo. Mesma pista. Mesma velocidade. Sem comentários.
Katie olhou pela janela e desejou que não tivesse dito nada. Ao menos não a analogia
toda com mudança de pista e rota. Ele não gostou do jeito como seus pensamentos
tinham saído. A verdade era que ela não queria ser a responsável por acelerar as coisas.
Ela nem tinha certeza se estava pronta para fazer uma mudança de pista no
relacionamento deles com todas as outras decisões que ela tinha à frente dela. Mas hoje
parecia um dia para declarações de amor – ou ao menos de afeição. O discurso "as
coisas estão indo bem" de Rick era apenas blá.

- É o seguinte. - Ela virou para Rick. - Quando você voltou para pegar suas chaves,
Carley perguntou se você era meu namorado.
- O que você disse pra ela?
- Eu não disse que você era, mas também não disse que você não era. Eu queria dizer,
'Sim, Rick Doyle é meu namorado. Ele não é ótimo?’ Mas eu não podia dizer isso. Quer
dizer, eu posso dizer que você é ótimo. Mas desde que nós decidimos não usar as
etiquetas namorado-namorada até que nós dois estivéssemos prontos para o próximo
nível de compromisso –
- Você está? - perguntou Rick.
- Eu estou o que?
- Pronta para o próximo nível de compromisso?

Katie não tinha uma resposta. Isso a deixou surpresa.
Rick refez sua pergunta como se ela não tivesse entendido o que ele estava perguntado.

- Você está pensando que nós estamos prontas para fazer a mudança de pista? Nós
estamos prontos para ser namorados?

A resposta imediata e sem pensar foi

- Eu não sei.

A resposta espontânea a surpreendeu de novo. Ela acreditou que era honesta, então ela
ficou presa com isso, mesmo ela sabendo que se ele tivesse feito essa mesma pergunta
mais cedo naquele dia ela provavelmente teria gritado, "Finalmente! Sim!"

Katie jogou a batata quente de volta para Rick.

- Você está?
- Se eu estou pronto para ser oficialmente namorado?
- Sim. Está?

Rick deu uma pausa.

- Quase. Veja, eu não acho que rotas sejam ruins. Rotas são rotinas, e rotinas são boas. Elas são estáveis e previsíveis. Rotinas levam você pra onde você está indo. Nós precisamos continuar orando sobre o que está pó vir para nós. Nós
temos o verão inteiro à nossa frente, e no próximo outono você vai ser –
- Uma assistente dos residentes. Possivelmente. Ou talvez uma desistente da faculdade. Eu estou entre essas duas.

Rick riu.

- Não ria. Eu estou falando sério. Sobre o cargo de AR, principalmente.

Katie colocou Rick a par da sua conversa com Julia e concluiu com,

- Eu não decidi, mas estou pensando seriamente sobre isso. E eu vou orar sobre isso. E você está certo
sobre nós orarmos sobre o que está por vir para nós. Eu preciso orar um pouco mais
sobre isso.

O carro seguiu na estrada sem que nenhum deles falasse nada por alguns minutos.
Quando Rick falou, seu tom era grave.

- Esta é uma grande decisão, você sabe.
- Qual decisão? Sobre namorados ou sobre assistente dos residentes?
- As duas.
- Eu sei. Adicione essas ao carrinho de compras com meu dilema da carreira, e eu tenho
três grandes itens indo ao caixa da vida nesse momento.

Rick entrou com o carro no estacionamento do dormitório de Katie e desligou o carro.
Ele encostou na porta com seu braço sobre o volante.

- Se você aceitar o cargo de AR, isso significaria que você iria trabalhar menos tempo no Ninho da Pomba. Isso seria um
problema, já que você disse que precisa de mais dinheiro no próximo ano.
- Eu sei. Mas esta é a parte boa sobre o emprego. Se eu aceitar o cargo de AR, meu
quarto e minhas refeições serão cobertas. Quarto e refeição, Rick! Eu não conseguiria
dinheiro suficiente para cobrir quarto e refeição trabalhando no Ninho da Pomba meio
expediente. E eu não posso trabalhar mais horas do que eu já trabalho, porque, mesmo
com o curso de verão, meu conselheiro disse que provavelmente eu vou ter que pegar 18
créditos no outono independente de qual carreira eu escolher. Quer dizer, contanto que
eu escolha uma carreira.

Katie estava exausta. Ela não queria terminar esse dia glorioso examinando todas as
decisões não ter terminadas na sua vida. Era deprimente.
A mandíbula de Rick se movia pra frente e pra trás como se ele mascasse as palavras de
Katie.

- Você sabe que nós nos veríamos muito menos - ele disse.
- Não necessariamente - Katie retrucou.

Obviamente o Sr. Eu-gosto-de-estar-numa-rota não gostou da potencial saída de Katie
da rotina estabelecida deles. Talvez fosse bom que o relacionamento deles ainda
estivesse indo devagar. Se ele mudasse radicalmente, poderia ser um ponto final.
Assim que Katie percebeu o potencial resultado da sua decisão, sua garganta deu um nó.
Ela não queria terminar. Ela preferia a pista lenta a nenhuma pista.
Seguindo a rotina, Rick levou Katie ao seu dormitório, deu um abraço e disse que
ligaria mais tarde.
Ela respirou fundo.

- Mais tarde - sempre foi uma das palavras favoritas de Ted.

Katie percebeu que esta também era a palavra que estava evitando que seu relacionamento
com Rick se tornasse num grande e meloso romance. “Mais tarde” nunca seriam suas
palavras favoritas.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Katie - Capítulo 3

Capítulo 3

Com um passo determinado, Katie puxou a saia de seu vestido azul de dama-de-honra,
agora sujo e desajeitado, e colocou seu queixo para frente.

- Ei, - uma voz masculina disse atrás dela. - Sua auréola está... -
- Sim, sim. Eu sei. Está caindo de novo.
- Não, dessa vez sua auréola saiu. - O cara do cavanhaque segurou sua grinalda que
tinha caído.

Muito agitada para pegar sua coroa de flores e tentar reposicionar na sua cabeça, Katie
abanou o ar e continuou andando.

- Apenas jogue fora pra mim, ta?

Dirigindo-se para a área da recepção onde os convidados que restaram estavam
reunidos, ela localizou Rick e Douglas em pé ao lado da mesa do bolo. Ambos estavam
saboreando grossas fatias do bolo de casamento enquanto os garçons limpavam a mesa
principal.
Katie marchou na direção deles com uma expressão séria e zangada no rosto. Douglas
se voluntariou,

- Ei, eu sei que você está realmente chateada com o que nós fizemos,
mas ouça. A Trícia acabou de nos contar sobre as cartas. Nós não sabíamos.

Rick entrou na conversa.

- Katie, nós não fazíamos a mínima idéia do que eram as
cartas.
- O ponto não é esse. - Katie colocou as mãos nos quadris. - Independentemente de o
que vocês sabiam, vocês não deveriam tê-las tirado da mala dela. Aliás, vocês não
deveriam ter mexido em nada da Cris. Isso é grosseiro.
- Você está certa, - disse Douglas.
- Você sabe que nós só estávamos querendo fazer algo engraçado para eles, não sabe?

Rick disse.

- Nós não estávamos tentado sabotar a lua de mel deles.

Katie olhou para Rick examinado-o cuidadosamente. Depois olhou com raiva para
Douglas.

- Wow! - disse Douglas. - Eu não vejo essa expressão no seu rosto desde aquela viagem de barco quando eu acidentalmente te dei aquele nariz sangrando.

Reprimindo o sorriso que, sobre outras circunstâncias, viria acompanhando aquela
memória há muito tempo esquecida, ela disse,

- Sim, mas se eu me lembro corretamente, eu sujei seu rosto muito bem com um brownie naquela viagem.
- Um brownie com creme batido, - Douglas adicionou. - E você está certa. Você me acertou em cheio daquela vez. Eu não vi aquele vindo.

Katie notou que Douglas ainda estava segurando o prato com seu pedaço-bônus de bolo
de casamento. Dando um passo para trás antes que Douglas tivesse alguma idéia, Katie
sentiu sua indignação ir embora. Ela tinha marchado na direção deles, pronto para dar a
Douglas e Rick uma lição sobre etiquetas em casamentos, ainda que a história tivesse
provado que ela não era uma boa pessoa para ensinar ninguém nesse assunto.

- Está tudo perdoado? - Rick perguntou.

Katie concordou. Ela tinha tido um pouco de prática em estender perdão para esses
meninos durante os últimos anos. Especialmente para Rick Doyle. Ela sabia que não
conseguia ficar brava com ele.

- Você foi mais rápida em aceitar desculpas do que minha esposa, - disse Douglas. Ele
fez uma careta como se ele soubesse que ainda estava em encrenca com a Trícia.
- Onde está a Trícia? - Katie perguntou.

Douglas apontou para uma cadeira a alguns metros dali. Sua pequena e grávida esposa
estava desajeitadamente despojada, apertando sua mão na sua cintura.

- Trícia? - Katie chamou. - Você está bem?

Ele concordou com a cabeça e tentou um sorriso.

- Nós devemos ir, - disse Douglas. - Eu sei que ela está cansada. Durante a recepção ela
disse que o bebê estava chutando muito. - Ele engoliu mais duas mordidas do bolo e
entregou o prato para um dos garçons antes de sair com Trícia.
- Você gostaria de uma fatia? - perguntou a garçonete a Katie.
- Não, obrigada. - Katie olhou ao redor a área da recepção deserta. - Eu sinto que deveria
ajudá-los a limpar. Vocês precisam que nós façamos alguma coisa?

A jovem mulher sorriu.

- Não, nós temos tudo sob controle.

Katie notou que Rick estava dando pra ela um olhar de “tá-falando-sério?”.

- O quê?
- Eu acho que você está trabalhando no Ninho da Pomba há muito tempo.
- Por que você está dizendo isso? - Katie franziu a testa e tentou ler sua expressão.

"Esta é a maneira esperta do Rick de me dizer que eu estou despedida? Ele não está
dizendo que quer terminar, está?"

- Por que você está parecendo tão preocupada? - Rick perguntou.
- Por que você disse que eu estou trabalhando no Ninho da Pomba há muito tempo?
- Bem, por que outra razão você se ofereceria tão rapidamente para ajudar na limpeza?
- Ah, isso. - Katie olhou ao redor de novo. - Eu só não sei o que mais eu devo fazer
como dama de honra.
- Eu acho que você ficou oficialmente fora do seu dever de dama de honra quando a
limusine desapareceu das nossas vistas. Você está dispensada agora.
- Acho que estou.

Às vezes a natureza esporádica dos seus pensamentos deixavam Katie até um pouco
doida. De vez em quando ela se sentia como um guarda de zoológico encarregado por
umas 4 dúzias de macacos. Quando os macacos ficavam na jaula deles, tudo ia bem no
zoológico da Katie. Um pouco barulhento às vezes, mas controlável. Quando esses
macacos escapavam, bem... Ela tinha que dar crédito ao Rick pelas muitas vezes que ele
estava com ela enquanto ela corria em volta com uma rede de macacos.
Colocando o dedo no pedaço de bolo de Rick para experimentar, ela disse,

- O que você acha? Quer ir embora agora ou ficar mais um pouco?
- Estou pronto pra ir. - Rick tocou seu garfo na cobertura fofa, gelada e branca e marcou a ponta do nariz de Katie. Ele se afastou e sorriu para o seu trabalho.

Katie cruzou seus olhos, tentando focalizar na marca.
Só então Tia Marta veio falar com eles.

- Katie, você esqueceu o buquê de noiva. Isto é seu para guardar.
- Oh, obrigada. - Ela não tinha removido a cobertura do seu nariz. Era muito engraçado
esperar para ver se tia Marta iria notar.

Marta já tinha voltado sua atenção para Rick.

- Você pegou as bandejas que os garçons pegaram emprestado do seu restaurante? Eu especifiquei para eles devolverem as
bandejas limpas para você. Eles fizeram isso?
- Sim. Elas já estão no meu carro.
- Ótimo. Agora, eu tenho uma pequena coisa para cada um de vocês. - Marta entregou
dois pequenos envelopes para Rick e Katie. - Uma demonstração do meu agradecimento
pela ajuda de vocês hoje.
- Você não precisava nos dar nada, - disse Katie.
- Sim, eu precisava, - disse Marta. - Vocês têm sido importantes para a vida de Cris e
Ted por muitos anos, e vocês deveriam ser reconhecidos neste dia.
- Isso é muita gentil de sua parte, - Rick disse, recebendo o envelope. - Obrigado.
- É apenas uma pequena demonstração,- disse Marta. - Espero que vocês gostem.

Katie se aproximou e deu um beijo na bochecha de tia Marta. Com um tom de
brincadeira na voz ela disse,

- Não importa o que o Rick diga sobre você, eu acho você um pêssego.

Com uma leve satisfação Marta disse, “Se você acha que eu vou cair nesse comentário
ou que eu não notei a cobertura, você está enganada. Você vai ter que tentar mais do
que isso para me irritar depois de uma dia como esse, Senhorita Katie Weldon.”
Apesar de Katie gostar da idéia de levar a tia de Cris nesse desafio, ela deixou a
oportunidade pra lá e suavizou sua saída quebrando o gelo e dizendo, “Você fez um
ótimo trabalho com tudo, Marta. O casamento, a recepção, tudo estava perfeito.

- Estava, não estava?

Rick e Katie deixaram Marta se deliciando no amável sucesso do seu planejamento e
andaram para o clássico Mustang vermelho-cereja de Rick onde ele abriu a porta para
Katie. Ela abaixou a janela para deixar sair o ar quente. Enquanto Rick andava para o
seu lado do carro, Katie abriu seu envelope.

- Wow, - ela disse. - Isto é muito bom. Você gosta dessa loja, não gosta? - Katie segurou
seu cartão-presente para Rick ver.

Ele concordou.

- Pena que eles só vendem roupas, - disse Katie. - Se eles vendessem gasolina, minhas
despesas com transportes no verão estariam cobertas.
- Você pode comprar algo legal pra você.” Rick ligou o motor. “Eu gosto desse tom de
azul em você.

Antes que ela pudesse pensar se Marta e Rick estariam em associação, tentando
melhorar o guarda-roupa de Katie, um velho Toyota Camry branco passou por eles.
Katie notou um círculo de pequenas flores brancas pendurado no retrovisor interno.

- Ei, minhas flores! O que ele está fazendo com minhas flores?
- Do que você está falando? O buquê ta no seu colo.
- Não, não essas flores. Minha aureola.
- Sua aureola?

Katie não podia mais ver o outro carro. Ela virou para trás no seu banco e piscou. "Por
que ele ficaria com as minhas flores?"

- Ei, Anjinha, o que você está pensando?
- Anjinha? - Katie fez uma cara para Rick. - Esse tem que ser uma das piores até agora.

Nos quase 7 meses que Rick e Katie estavam juntos, Rick tentou sem sucesso surgir
com uma apelido para ela. No ensino médio, ele tinha dado a ela o apelido de “Speed”
(velocidade) depois de um incidente com um trenó. Katie rapidamente vetou “Speed”
como uma apelido nessa nova temporada do relacionamento deles. Mas Rick estava
determinado a inventar algo novo para ela.

- Falando nisso, você estava linda hoje, - ele disse. - Mesmo que você não queira ser
chamada de ‘Anjo’, você parecia um.
- Ah, sim, certo. Tenho certeza que eu parecia divina correndo atrás na limusine numa
moda-Cinderela, usando apenas um sapato e com minha aureola caindo.

Rick sorri.

- Você não tem idéia de como você estava bonita. Confie em mim, todos os
olhos estavam em você.

A música de fundo tocando no rádio parecia chamar a atenção dele. Ele aumentou o
volume.

Você é a única pra mim, Menina Atrevida.
Você deixa os outros na poeira.
Vem comigo, Menina de Classe.
Eu sou o homem que você pode confiar. ♪

Katie nunca gostou dessa música. Mas ela gostava de Rick. Especialmente em
momentos como esse, quando ele estava sorrindo para ela e dizendo que ela era linda.
Suas dúvidas sobre ele do início do dia foram embora.
Ele pode não ser o melhor em gestos românticos, mas ele tem seus momentos de
charme. E estes são os momentos que eu nunca fui capaz de resistir.

- Que tal Menina Atrevida? - sugeriu Rick.
- Ah, esse seria negativo à centésima potência. E nem tente Menina de Classe como
substituto.
- Ok, eu vou continuar trabalhando nisso. Ei, eu tenho que levar as bandejas de volta
pro trabalho. Você quer que eu te deixe no dormitório, ou você quer ir ao Ninho da
Pomba comigo?
- Eu vou com você.
- Eu esperava que você dissesse isso.
- Eu esperava que você perguntasse.

Eles trocaram sorrisos confortáveis, e Rick ligou a música de novo. Ele gostava do som
bom e alto enquanto ele dirigia. Especialmente em noites quentes como esta, com o
vidro do carro aberto. Ele colocaria a mão do lado de fora da janela e usaria a porta
continuar batucando com a música.
O hábito de Katie era cantar junto, o que fazia Rick rir. Na verdade, era uma
ambiguidade se a expressão dele era mais um sorriso ou uma expressão arrogante. De
qualquer jeito, os dois tinham seu ritmo e tinham gasto várias horas na estrada com a
música ligando os intervalos de conversa. Nenhum deles parecia se importar com os
interlúdios musicais.
Mas dessa vez Katie não caiu na rotina de cantar junto. Ao invés, ela reclinou e vagueou
em um canto feliz do seu coração onde ela podia retroceder o dia e ir bem calmamente
por suas partes favoritas.
Eu imagino como será o dia do meu casamento. Será que eu vou casar ao ar livre? Meu
casamento vai ser tão grande quanto o de Cris e Ted?
Ela soltou um suspiro de contentamento. Com quem eu vou acabar casando?
Olhando para o elegível solteiro ao lado dela, Katie deixou sua mente fazer a pergunta
óbvia. Poderia ser o Rick?
Ela sabia que estava indo muito além de onde o relacionamento deles estava, mas hoje
era o tipo de dia em que qualquer mulher com um pouco de romantismo faria este tipo
de pergunta.
Ela estudou o perfil de Rick como se a resposta para sua pergunta nunca antes feita em
voz alta pudesse ser encontrada nas linhas de sua forte mandíbula.
Rick pareceu sentir seu olhar. Ele virou rapidamente para ela.

- Você disse alguma coisa?
- Não. - Katie sorriu para si mesma.

Série Katie - Capítulo 2

Capítulo 2

"Hora certa", o pastor disse quando viu Katie por os pés dentro da capela. Ted tinha
uma caneta em sua mão e estava assinando um documento anexado a uma prancheta.
Cris assinou em seguida. Depois o pai de Ted, Bryan, que tinha sido o padrinho do
noivo. A caneta foi passada para Katie, e ela sentiu o coração acelerar por um doce
momento.

- Vocês estão casados, - ela disse com um enorme sorriso, enquanto escrevia "Katie
Weldon" no documento.

Ted se inclinou e beijou Cris na bochecha. Ele sussurrou alguma coisa que apenas Cris
ouviu. No mesmo instante os cílios dela baixaram e seu rosto aqueceu-se com um
sorriso brilhante, Katie imaginou que talvez ele tenha dito alguma coisa muito
maravilhosa. Alguma coisa que Cris provavelmente tenha esperado meia década para
ouvi-lo dizer. Alguma coisa fora do comum para o Ted de antigamente que não
expressava seus pensamentos.

- Vocês dois estão prontos pra ir? - o pai do Ted perguntou.
- Eu estou - Ted disse. - E você, Kilikina?

Pareceu conveniente pro Ted chamar Cris pelo seu nome havaiano - o apelido que ele
lhe dera. Eles estavam a caminho de Maui para a lua de mel deles.
Antes que Cris pudesse responder, a porta da capela se abriu e Tia Marta entrou falando
alto, com o rosto vermelho. Seu marido, Bob, estava com ela.

- Venha, venha! Estamos esperando por vocês.- Marta informou. - Todos em seus
lugares. Grandes sorrisos. O fotografo estará a sua esquerda enquanto vocês vão em
direção ao carro então tenham certeza que –
- O carro! - Katie irrompeu. - Eu quase me esqueci de falar pra vocês! Eu tenho certeza
que Rick e Douglas estão tentando fazer alguma coisa com o carro de vocês. Eu tentei
pará-los, mas -

Ted encolheu os ombros. - Não importa.
- Katie, eles não vão no carro deles para o aeroporto. - A replica de Tia Marta soou um
tanto alto para a pequena capela. Ate o pastor ergueu as sobrancelhas, e Bob deu um
passo pra mais perto da esposa.

- Como eles vão pra lá? - Katie perguntou
- De limusine, claro. Agora, por que estamos parados aqui? Venham. Por favor. Cris,
você poderia passar um pouco mais de brilho labial. Katie, onde esta o brilho? Você
deveria ser responsável por retocar a maquiagem dela para as fotos.
- Meus lábios estão ótimos, Tia Marta, - Cris falou firmemente.
- Seus lábios estão mais que ótimos. - Dessa vez o comentário de Ted não foi um
sussurro. Ele disse em voz alta o que provavelmente vinha pensando, isso pareceu
surpreendê-lo mais que aos outros.

Tio Bob foi o único que riu. Claramente ele estava apreciando cada momento da
celebração do dia. A porta da capela aberta para a noiva corada e o noivo sorridente,
Bob disse,

- Últimos detalhes pra vocês dois. O motorista da limusine esta com suas
passagens, os papeis do aluguel do carro, e duas chaves do condomínio. Vocês têm o
numero do meu celular se precisarem de mais alguma coisa.
- Muito obrigada, tio Bob. - Cris lhe deu um grande abraço e um beijo na bochecha.

Marta levantou um pouco seu queixo para que sua bochecha estivesse mais acessível ao
beijo de agradecimento de Cris no seu caminho porta afora.
Um pouco mais a frente os convidados do casamento tinham formado 2 filas com a
passagem em direção a área do estacionamento no meio. Assim que o grupo viu Ted e
Cris saindo da capela de mãos dadas, eles começaram a usar as lembrancinhas que
tinham sido providenciadas para cada mesa. Os convidados lançaram varias bolhas de
sabão ao invés da tradicional chuva de arroz. Nesse ponto, Katie tinha tentado
convencer Cris a usar borboletas. Agora as bolhas de sabão pareciam uma opção mais
adequada.
Katie passou adiante dos recém casados que vinham mais devagar, passeando em
direção ao túnel do amor de bolhas de sabão. Ela queria ter certeza que eles chegariam à
limusine sem nenhum problema. Trícia já se encontrava em posição bem no fim da fila
junto aos pais de Cris.
A mãe de Cris passou uma garrafinha extra de bolhas pra Katie. Ao invés de abrir e se
juntar a festa de bolhas de sabão, Katie olhou ao redor a procura de Rick.

- Você sabe pra onde os rapazes foram? - ela perguntou para Trícia.
- Não, eu esperava que eles estivessem com você.

Ted e Cris já estavam na passagem que os levaria ao estacionamento. Centenas de
bolhas cor de rosa brilhantes ao redor deles e dançando no ar. Ted parou e esticou a
mão, se permitindo que o momento encantador caísse sobre ele. Ele manteve a palma da
mão estendida como uma criança que tenta pegar pingos de chuva ou flocos de neve.
Katie abriu sua garrafinha e adicionou mais bolhas a chuva de saudações brilhantes.
A primeira encantadora bolha que veio para a palma da mão de Ted estourou no
impacto. Ele manteve a mão aberta para uma segunda bolha, e uma terceira e então uma
quarta. Os convidados aumentaram a produção de bolhas, cada um tentando ser aquele
que poderia fazer a bolha singular e resistente que poderia flutuar ate a palma de sua
mão e se tornar a perola indefinível pela qual ele estava esperando.
Mais duas bolhas pousaram e estouraram antes de Cris colocar em pratica seu
novíssimo poder de persuasão como esposa. Ela foi em direção a Ted e esticou o braço,
colocando sua mão na dele. Ted se voltou para olhar sua noiva. Um pequeno sorriso
surgiu enquanto ele entrelaçava os dedos dela em sua mão. O verdadeiro encanto do
momento estava claro; Cris era a perola do coração de Ted. Ele não precisava mais
tentar alcançar anseios tão frágeis quanto bolhas de sabão. Ele tinha seu tesouro em suas
mãos, e ela seria o presente que faria dele um homem rico.
Assim que Cris e Ted chegaram ao fim da passagem formada pelos amigos, eles
pararam e deram a mãe e o pai de Cris um ultimo abraço e beijo. Katie engasgou
quando viu o pai de Cris se derramando em lagrimas dar pra sua filha agora–
totalmente–crescida um enorme abraço de urso.
Uma pontada aguda de dor surgiu no coração de Katie quando ela percebeu que nunca
tinha recebido um abraço como aquele de seu próprio pai. Tão rapidamente quanto a dor
surgiu, ela a evitou. Ela estava indo bem nisso de superar a dor em velocidade recorde.

- Ligue pra gente quando puder - a mãe de Cris disse para os recém-casados.
- Nos ligaremos. - Ted deu um abraço na sua nova sogra.

Cris parou em frente a Katie, e as duas se deram as mãos. O sorriso aquecedor que elas
trocaram era tudo que as duas melhores amigas precisavam pra comunicar seus
sentimentos uma para a outra nesse momento de despedida. Então com rápidos abraços
em Trícia, o novo casal acenou para o restante dos convidados e se apressaram para
abrir a porta da limusine que os estava esperando.

- Espero que Douglas e Rick não estejam perdendo isso - Trícia disse.
- O que você quer dizer com perdendo isso? Nós estamos bem aqui. - Douglas surgiu
atrás delas. Rick estava com ele.
- Onde vocês dois estavam? - Trícia perguntou.
Rick colocou o braço ao redor de Katie e murmurou em seu ouvido, - Você fica bonita
com bolhas de sabão em seu cabelo.

Rick era bom com as palavras. Às vezes um pouco bom demais.
Katie se afastou, tentando olhar mais claramente a expressão no rosto dele.
- Você está apenas tentando me distrair pra que eu não descubra o que vocês fizeram com o carro
deles.

Rick olhou pra ela com uma falsa expressão de choque.

- Não se preocupe, - Douglas disse. - nos não fizemos nada com o carro. Por falar nisso
você viu o motorista da limusine? Ou deveria dizer o gorila da limusine?
- Ei, a gente poderia ter derrubado ele se a gente quisesse. - Rick falou
- Mas a gente não quis, não é, Rick?
- Não. - O sorriso inocente de Rick se transformou em um malicioso. Katie sabia que
aquilo significava problema.
- O que vocês dois fizeram? - Ela olhou para Douglas esperando uma resposta sincera.
- Vocês tem que me dizer. Eu sei que vocês fizeram alguma coisa.
- Não foi nada ruim, Katie. - Rick colocou sua mão no ombro dela. - Apenas relaxa.
- Eu vou relaxar depois que vocês me contarem o que fizeram.
- Cara,” Douglas disse, - ela é inflexível, não é?
- Você não faz idéia - Rick ajustou sua jaqueta. - Tudo que fizemos foi adicionar um
presentinho na mala deles.
- Que tipo de presente?
- Um kit de sobrevivência pra lua de mel.
- Um o que?

Trícia entrou na conversa. - Está certo, Katie. Eu os ajudei a organizar tudo. É um monte
de pequenos itens com notas neles. Como um frasco de anti-séptico bucal que diz,
‘Abra em caso de mau hálito de manhã, ’ e um par de meias para cada um deles com
uma nota que diz, ‘Em caso de pés resfriados. ’

A limusine saiu bem lentamente pelo estacionamento de cascalho. Os convidados
acenaram e sopraram mais algumas bolhas na direção do casal.

- Não tem nada pra você ficar zangada, Katie, - Douglas disse. - Quando eles chegarem
em Maui e Cris abrir a mala dela, eles vão ter alguma coisa engraçada pra rir.

Katie ainda não estava convencida. - A mala da Cris? Por que vocês não colocaram
essas coisas na mala do Ted?
Rick riu. - A mala do Ted é uma velha mochila de nylon com um dos lados remendado
com fita adesiva. Não tinha como a gente colocar mais nada lá sem que a mochila
explodisse. A gente teve que arrumar um pequeno espaço na mala da Cris, mas coube
tudo.
- Arrumar um pequeno espaço? O que vocês tiraram?
- Só alguns papeis.
- Que papeis? - Katie e Trícia perguntaram em uníssono.

Rick tirou do bolso da jaqueta um monte de folhas de papel bem dobradas e atadas com
uma bonita fita de renda. Pareciam uma coleção de cartas escritas a mão.

Katie gelou. - Rick, você não!
- Douglas! - Dessa vez o grito agudo de Trícia foi mais alto que o de Katie.
- O quê?
Katie pegou as cartas e saiu correndo atrás da limusine. - Espera! Para!

Seu sapato do pé esquerdo saiu, mas ela continuou correndo. Atrás dela começou a
crescer o som de risos dos que estavam vendo a cena. Ela sabia quão ridícula estava
naquele momento, uma dama de honra com um pé de sapato perseguindo
freneticamente a limusine que ia embora. Mas nenhum deles entendia. As cartas em sua
mão eram o coração de Cris.
Desde o tempo que Cris tinha 16 anos, ela vinha escrevendo cartas para seu futuro
marido, dizendo que ela estava orando por ele e se guardando pra ele. Ted não sabia
nada sobre as cartas, e nem deveria. Essas palavras cuidadosamente preservadas eram o
presente de casamento de Cris pra ele. Rick e Douglas não tinham o direito de roubar
isso deles.

- Pare! - Katie gritava. Ela acenava furiosamente tentando chamar a atenção do motorista
pelo espelho retrovisor do lado dele. - Espera.

A limusine diminuiu a velocidade e parou. Katie se lançou na direção da porta da
limusine que estava aberta e sem ar entrou só pra ver Ted e Cris se beijando.

- Katie! - Cris disse
- Desculpa! - Katie falou, rapidamente escondendo as cartas atrás de si.
- O que você esta fazendo? - Ted perguntou
- Me desculpem. Isso é realmente, realmente muito importante. Ted, você poderia virar
sua seu rosto pro outro lado? Só por 1 minuto?

Katie raramente tinha visto Ted ficar zangado. Naquele momento ele definitivamente
estava zangado.

- Eu prometo, Ted. Eu não quero bagunçar nada aqui. Isso é extremamente importante.
Se você pudesse só, é, exatamente assim. Mantenha sua cabeça virada pra lá e feche os
olhos.
- Katie - a voz de Cris era firme. E sua expressão dura. - É melhor que isso seja –
- É. Eu prometo.- Sem dizer mais nenhuma palavra, Katie tirou a mão de trás de si e
mostrou o monte de cartas.

Os olhos e a boca de Cris se abriram.

- Eu sei, - Katie disse. - Eu explico tudo depois.

Cris pegou as cartas e rapidamente sentou em cima delas, colocando-as embaixo das
pregas de seu vestido de noiva.

- Katie, você não faz idéia...
- Sim, eu acho que sim.
- Obrigada, Katie! - a voz de Cris soou aguda.
- Com certeza. Tudo em um dia de trabalho para uma dama de honra.

Ted se voltou pra elas e com o olhar questionou as duas.

- Ok - Katie tirou os cabelos dos olhos. - Eu tenho que ir agora. Eu sei, eu sei que vocês
dois realmente desejam que eu fique, mas, bem, ei. Eu preciso usar meus super-poderes
em outros lugares. Amo vocês.

Katie fez uma pausa e acrescentou com um sorriso, - Ate mais, Sra. Spencer.
Ted fez seu costumeiro gesto de levantar o queixo. - Mais tarde.
- É - Katie disse, saindo da limusine. - Mais tarde.

Ela virou a cabeça e trombou no peito do motorista da limusine que agora estava de
guarda perto da porta aberta do carro. Katie se endireitou e levantou o olhar para o nao-
tao-divertido, homem tamanho-gorila.

- Uau, Douglas estava certo!- Ela se virou e mancando voltou para o estacionamento de
cascalho a procura de seu sapato perdido.

Um dos divertidos convidados tinha pegado o sapato de Katie. Ela o entregou a Katie
como se fosse um pagamento para ficar por dentro das informações. - O que aconteceu?
Está tudo certo? Eles esqueceram alguma coisa?
- Tudo esta ótimo. Perfeito, na verdade. Você me da licença?

Ela era, mais uma vez, uma mulher em ação. Dessa vez seu objetivo era caçar dois
certos travessos e dar a eles um pedaço do seu cérebro. Não exatamente um pedaço.
Uma fatia grossa. Ou um pedaço bem grande. Um pedaço bem grande de seu cérebro,
tão grande que os dois se engasgariam.
Uma mulher alta de uns 30 anos surgiu andando rapidamente ao lado de Katie assim
que ela começou sua jornada através do prado. “

- Katie, você tem um minuto?

Katie parou e olhou de relance para a mulher. Ela tinha certeza de já tê-la visto pelo
campus. O lapso de memória de Katie deve ter ficado evidente em seu rosto porque a
mulher se apresentou.

- Sou Julia Trubec. Sou a diretora residente da ala feminina no Crown Hall.
- Oh, certo! Selena morou no Crown Hall Norte esse ano. Vocês tiveram a melhor festa
de Natal de todos os dormitórios no ultimo dezembro.
- Obrigada. As festas de Natal estão se tornando nossa tradição.
- Bem, continuem que é uma ótima tradição. - Katie começou a caminhar.
- Na verdade, se você tiver um minuto, eu estava procurando por você.

Esquecendo seu objetivo de caçar Rick e Douglas, Katie voltou e disse,

- Se é sobre o cheiro que estava na cozinha no Crown Hall Norte na Sexta à noite duas semanas atrás.
Eu posso explicar.

Julia olhou surpresa e intrigada. Seu rosto tinha uma galáxia de sardas que não eram
obvias a primeira vista porque se misturavam muito bem com o tom quente da cor de
sua pele. Seu cabelo marrom areia tinha traços de algumas luzes. Katie teve a impressão
de que ela era uma pessoa que tinha cruzado o Oceano Pacifico em um barco a vela e
agora carregava consigo os efeitos sem fim do sol em seu cabelo e em sua pele.

- Eu confesso eu fui uma das que colocou os sapatos da Vick no forno. - Katie disse
- Os sapatos da Vick?
- A gente só estava se divertindo. Fazendo uma brincadeira com ela antes do grande
encontro dela. Selena e eu só planejávamos esconde-los lá por uns, dez minutos. Nos
jamais imaginamos que alguém ligaria o forno. Quer dizer, quem começa a fazer
biscoitos e liga o forno sem primeiro olhar? Você está entendendo o que estou dizendo?
E obviamente que nunca esperávamos que os solados derretessem da forma como
derreteram e formassem aqueles esquisitos, não-amigos-do-ecossistema estalagmites,
mas Selena disse que limparia o forno, e eu já paguei Vick pra ela comprar outro par.

Julia levantou a mão

- O que eu estava querendo perguntar não tinha nada a ver com o
forno. Entretanto, obrigada. Eu aprecio ficar por dentro dessa historia.

Katie pressionou os lábios um contra o outro. Selena vai me estrangular por ter contado!

- Na verdade eu queria te perguntar se você talvez consideraria a possibilidade de ser
uma AR no outono.

Katie piscou. - Uma assistente residente? Eu? Você tem certeza que esta falando com a
Katie certa?
- Sim. Tenho certeza que você é a Katie certa. O problema é que nos temos uma outra
AR nesse cargo no Crown Norte, mas ela acabou de nos informar que não poderá
retornar no outono. Nós pedimos recomendações por ai, e seu nome apareceu.
- Apareceu? De quem? Selena?
- Na verdade, todas as recomendações vieram dos funcionários e docentes. Você tem
uma ótima reputação no departamento de biologia.
- Ok, bem, o que quer que seja que lhe disseram sobre o tempo que 3 dos 5 estudantes
de botânica tiveram reação alérgica depois de provarem meu chá de ervas, bem... na
verdade, é bem verdadeiro. Ou talvez foram 3 dos 5 que apresentaram problemas
estomacais e apenas 2 dos 5 tiveram alergia.
Julia fez uma careta. - Você esta dizendo que devemos te manter longe dos jardins
orgânicos na parte mais baixa do campus assim como longe da cozinha?
- É, basicamente. Eu sou muito melhor com pessoas do que com plantas e
eletrodomésticos.
- Como você é com os animais?
- Animais?

Julia sorriu como se Katie tivesse entendido a piada.

- Ok, bem o primeiro peixe-vermelho que eu tive no outono passado era realmente
velho quando o comprei. Acho que eles tinham um aquário geriátrico especial que não
estava etiquetado como tal, mas eles me cobrariam mais caro. Rudy era tão velho que
deveria ter vindo com uma bengala. Ou um andador. Sério. E o segundo peixe-
vermelho, bem velho.
- Katie, eu só estou brincando! - Julia riu enquanto Katie só desejava encontrar uma
forma de terminar a conversa graciosamente.
- Escuta, Katie. O trabalho de uma AR não tem nada a ver com peixe, chá ou
manutenção de forno. Você é boa com as pessoas, é isso que importa.
- Oh, ok - Katie percebeu que se ela não tivesse causado uma ma primeira impressão
dela pra Julia, ela provavelmente teria uma chance de obter uma posição no campus
lucrativa para seu ultimo ano na faculdade. Ela ouviu com os lábios pressionados
enquanto Julia lhe dava mais detalhes. Parecia muito bom.
- Você poderia vir ao Crown Hall na segunda à tarde por volta das 3 horas? - Julia
perguntou. - Craig, o outro DR, estará lá.
- Com certeza
- Perfeito. Te vejo lá então. Oh, e Katie? Sua confissão sobre o forno esta a salvo
comigo.

Katie sorriu. - Obrigada. - Por alguma razão ela teve o sentimento de que nenhuma
confissão estaria a salvo com Julia. Ela também se deu conta que essa vaga de AR
poderia ser uma resposta para a oração que ela nem sequer tinha tido tempo de fazer.

Série Katie - Capítulo 1

Capítulo 1

Katie segurou a saia de seu longo vestido de dama de honra e empolgada, traçou
seu caminho até a aglomeração de convidadas do casamento:

- Desculpe. Vim cumprir um dever. Mulher em uma missão aqui. Abram espaço.

A maioria dos convidados conhecia Katie e encarava com bom humor seus comentários.
Katie se plantou bem na frente e no centro. Pôs-se em posição do
interceptador da bola e discretamente, antes de ajeitar o cabelo vermelho berrante
atrás da orelha, gritou:

- Aqui Cris! Já estou pronta.

Outra jovem também chegou mais perto e gritou suas próprias direções para a
noiva:

- Nada de favorito, hein, Cris!
- Estou exatamente aqui na sua esquerda. Joga pra mim, na esquerda!
- Não, joga pra mim, Cris! Pra mim! Aqui!

A noiva mantinha-se de costas para todas as convidadas, já que sua
super-eficiente tia agitava-se para ajustar a posição de Cris, para que seu perfil
estivesse perfeito para as lentes do fotógrafo.

-Mantenha os ombros para trás Cris, querida - Tia Marta advertia - Agora vire o
queixo um pouquinho para a direita. Não, nem tanto. Volte... Isso. Assim.

O flash da câmera capturou a pose de Cris antes mesmo que a noiva pudesse
respirar ou piscar.
Outro flash surgiu, agora na direção de Katie e as outras impacientes convidadas.
Katie era um pouco mais alta do que a maioria das garotas que estavam
aglomeradas ao seu lado. Isso fazia com que a competição não parecesse tão
desafiadora.

- Dama de Honra aqui! Katie gritou. Siga o som da minha voz, Cris!

Lá do outro lado veio uma voz profunda.

- Joga alto!

Katie conhecia aquela voz. Era a voz do Rick Doyle, seu “quase” namorado. Rick
estava junto do restante dos padrinhos do noivo, na beira do gramado. Os outros
rapazes, todos surfistas de nascença, já tinham tirado suas longas gravatas há
uma hora atrás, antes mesmo de o brinde ser oferecido. Eles estavam prontos
para curtir confortavelmente a tarde quente do sul da Califórnia.
Rick era o único que mantinha o estilo “pronto para a câmera”, como dizia a Tia Marta.
Ela estava satisfeitíssima com Rick, mas irritadíssima com os outros, inclusive com o
noivo, Ted, que tinha arrancado o paletó logo depois que ele e Cris cortaram o
bolo.
Alto, e de olhos castanhos Rick posicionou as mãos em forma de copo, em frente
a sua boca, e gritou de novo:

- Joga alto, Cris!

"Por que ele está falando isso? Eu estou logo aqui na frente." Katie virou a cabeça
para trás para ver se Rick estava olhando para alguém que estivesse na fileira de
atrás das ansiosas caçadoras de bouquet. Mas antes que ela pudesse localizar
alguém em particular, algo perfumado bateu do lado esquerdo de sua cabeça.
Todas as mulheres em volta gritaram.
Katie flexionou seu braço esquerdo e puxou o objeto voador pro seu lado. Mas
outra jovem, na tentativa de seu próprio alcance pelas flores, bateu com
força em Katie.

- Ei! - Katie começou a tombar, mas viu que o bouquet estava prestes a ser
agarrado.

Outra jovem balançou seu braço para frente e sem calcular seus
movimentos, lançou o maço de volta pro ar. O bouquet estava de volta ao jogo!
Lá do outro lado, os rapazes gritavam. De dentro do amontoado de mulheres
histéricas, os berros aumentavam. De repente, todos os braços voltaram para o
ar.
O bouquet fugitivo parecia estar se divertindo com o seu momento de vôo e só
pararia nas mãos de uma única convidada ansiosa, que golpearia as flores como
se elas fizessem parte de uma caça a passarinhos. Em meio a pulos e saltos, a
travessa bola branca lançou uma única rosa para uma mulher de braços longos
antes que Katie pudesse saltar pra frente e agarrar o bouquet. Viva o bouquet!
A garota alta do lado de Katie vacilou com a solitária rosa nas mãos. E então
Katie levantou seu braço e deixou sua empolgação ser ouvida por toda a
campina.

- Peguei!
- Eu quase peguei - murmurou a mulher com o solitário botão de rosa.

Cris, que já tinha se virado para assistir ao “show” momentâneo, deu uma risada
quando viu onde o bouquet parou.
Katie imitou a expressão alegre de sua melhor amiga. Esse era o momento com
que ambas haviam esperado durante anos. Muitos anos. As duas sabiam que Cris
seria a primeira a se casar. A corajosa Katie sempre persistia em dizer que o
noivo de Cris seria Ted, mesmo durante aquelas épocas em que Cris tinha lá suas
dúvidas. Para incentivar os segredos de Cris durante aqueles duvidosos, mas sonhadores
momentos, Katie foi uma das melhores animadoras, “Só me prometa que você vai jogar
o bouquet pra mim.” Aquele pensamento sempre as fazia rir uma da outra, da mesma
forma que estavam fazendo agora.
Missão cumprida.
Dando uma rodada de triunfo, Katie deu de cara com Rick a observando. Pra
quem quer que tenha sido aquele comentário “joga alto”, agora não importava
mais. Rick estava a encarando com aqueles olhos castanhos-chocolates, e ela
parecia estar se derretendo por dentro, como se essa fosse sua primeira
paixonite por Rick na escola.

- Olhe pra cá, por favor, disse o fotógrafo.

Katie levantou a cabeça e mostrou a ele seu maior sorriso.

- Mais uma. Agora menos forçado!

Levando a fragrância do bouquet branco da gardênia até o nariz, Katie mergulhou o
queixo e inspirou lentamente o aroma doce e puro das flores. Então é esse o cheiro de
estar casada.
O fotógrafo capturou a pose, reajustou o ângulo da câmera e tirou outra.

- Ótimo, obrigado.

Katie olhou de volta, pronta para dar uma piscada com seu brilhante e
esverdeado olhar cheio de charme na direção de Rick, mas seu sorriso se desfez.
Rick não estava mais a observando. Ele estava dando atenção ao grupo de
rapazes solteiros prontos para capturar a liga.*

*(Liga – tira elástica que segura as meias. Assim como as mulheres solteiras ficam ansiosas para agarrar o
bouquet da noiva, nos Estados Unidos, os homens solteiros apanham a liga que é jogada pelo noivo.)


Katie caminhou vagarosamente para o lado para se juntar ao grupo de
espectadores enquanto tirava o cabelo da testa. Era estranho estar tão bem
vestida e ter uma foto sua capturada. Mas, até que essa experiência estranha foi
agradável. As seleções de estilo pessoal de Katie foram por um longo tempo na
área do jeans e camiseta ou blusa de moletom. Durante o ano passado, então,
ela lançou uma chamada “Versão-Katie” atualizada. Ela começou com um corte
de cabelo que deu a sua juba vermelho-berrante um ar mais sofisticado, num
estilo "fácil-de-lavar-e-sair".
Então ela adicionou umas saias mais coloridas ao seu guarda-roupa e foi à
procura de modelos mais femininos e confortáveis. Essa roupa de dama de honra
estava bem além da forma como ela costumava se vestir, mas Katie gostou do
jeito com que isso a fez se sentir mais sofisticada.
Um rapaz que usava roupas casuais e uma barbicha-de-bode e óculos escuros
retangulares inclinou-se na direção de Katie que estava parada ao lado do grupo
de rapazes. E sem olhar para ela disse baixinho:

- A presilha ta escorregando.

Katie virou seu olhar para o sol da tarde e piscou pra ele. Mesmo sem ter muita
certeza se o comentário dele tinha sido realmente para ela ou não. O rapaz
continuava olhando para frente. Ele não repetiu o comentário nem olhou de volta
para ela. Atrás da orelha esquerda dele, ela viu uma fina e branca cicatriz na
forma de um “L”.
Katie ignorou o rapaz e voltou sua atenção ao grupo de rapazes que agora
estavam importunando Ted, o adorável noivo. Ele tinha posicionado a liga de Cris
entre os dois dedos polegares na posição de projétil e malandramente mirou para
trás de si próprio. Se ele soltasse agora, a liga iria desordenadamente atingir
algum lugar no alto das palmeiras que se encurvavam para a festa de casamento,
assim como as girafas fazem para alimentar seus filhotes.
Um dos rapazes gritou:

- Ei, direção errada, cara.

Douglas, o único padrinho do grupo que era casado, parou ao lado de Ted e virou
seu corpo de forma que ele encarasse o grupo.

- Só mire nessa direção geral. Daí, isso vai voar loucamente. Desse jeito, você
não precisará ficar de costas para eles.

Ted parecia que estava se divertindo com isso, do mesmo jeito que pareceu ter
adorado a cerimônia de casamento e a tranqüila recepção. Katie sabia que
apesar de todo o esforço que foi feito entre o casal, seus pais, e sua ansiosa e
perfeccionista Tia Marta durante o planejamento deste dia, parecia mesmo que
tudo tinha se tornado um momento super especial para Ted e Cris.
O casamento e a recepção tiveram apenas leves toques da influencia de Marta; a
maioria do dia tinha sido planejada por Ted e Cris. Katie estava super feliz por
seus amigos.
Os rapazes pararam com suas posturas relaxadas na direção de Ted, era
perceptível pela expressão de seus rostos que eles estavam calmos demais para
disputar a liga. Katie conhecia aquele grupo bem o suficiente para saber que eles
iam entrar em ação a partir do momento que Ted lançasse a liga.
E realmente. Ted levantou o queixo, e no comando de Douglas, ele lançou a faixa
elástica de renda branca no meio do “muito-calmo” grupo de rapazes. E ai,
bagunça total.
Katie notou que Rick foi um dos poucos rapazes que não entrou em ação. A liga
deu voltas próximo ao rapaz de barbicha que estava perto de Katie. Mas antes
que ele pudesse agarrar o frágil flutuante pedaço de renda, outra mão
surgiu e agarrou o prêmio.
Os ombros de Katie deram um solavanco involuntário quando ela viu quem pegou
a liga. David, o pequeno idiota. O irmão de Cris de 15 anos de idade começou a
fazer a dança da vitória. Infelizmente, aquela dança era estranha demais para os
pés imensos do David, tornando penoso demais para Katie assisti-lo. Ela se virou
para o outro lado da multidão onde Rick estava parado. Ele estava conversando
com o pai de Ted.

-Excelente resgate na caça ao bouquet hein, Katie.

O pai de Ted apontou com seu copo de plástico em sua direção e adicionou: Corra atrás do que deseja.

- Obrigada. Virando para Rick, ela disse: Acho que não vi você fazendo nenhum
esforço heróico para agarrar a liga lá, Doyle.

Rick deu uma risada forçada e balançou os ombros.

- Não veio na minha direção.

Essa é a tal frase “Filosofia-de-vida” do Rick Doyle. Nos últimos seis meses Katie
tinha visto Rick passar por dúzias de situações extremamente desafiadoras sem
agir com a mesma agressividade que ele demonstrava durante seus anos do
segundo grau. Ele amadureceu. Talvez até demais.
Ela deu uma longa olhada em Rick. Aquele era o seu amigo. De acordo com a
última conversa que tiveram sobre a evolução de seu relacionamento, seu
“quase” namorado. Eles estiveram perto um do outro todos os dias durante os
últimos sete meses, e ela sentia que já não sabia mais quem ele era ou o que ele
estava pensando.
De uma coisa ela tinha certeza: Ela queria ser a namorada do Rick. Ela estava
feliz por ter “ido nessa direção” na noite em que Ted pediu a Cris em casamento
na lanchonete “Ninho da Pomba”. Rick era o gerente do “Ninho da Pomba”, e
apesar deles já terem se conhecido desde a escola, seus caminhos não tinham se
cruzado durante anos.

Depois de terem se reencontrado naquela noite, Katie e Rick começaram um
relacionamento fixo. Num ritmo equilibrado. Ela até conseguiu um emprego no
“Ninho da Pomba”. Os últimos seis meses foram os mais estáveis trechos da nova
vida adulta de Katie, e ela não queria que isso mudasse. Tudo que ela queria era
um titulo mais preciso para o relacionamento deles. Ela queria que fossem logo
intitulados “namorado” e “namorada”.

- Katie! - Chamou a Tia de Cris de lá da treliça do casamento.

David já estava em posição, segurando a liga. O fotógrafo estava checando a
intensidade da luz com o seu medidor.

- Você está sendo intimada - disse o pai de Ted.
- É, estou mesmo. Você quer vir comigo? Ela agarrou o braço do Rick.
- Vá em frente. Eu disse ao Douglas que iria ajudá-lo com um... É... Pequeno
projeto.
- Vocês, rapazes, não vão aprontar com o carro de Ted e Cris, vão?

Rick apenas riu.
O pai de Ted foi saindo.

- Eu não ouvi nada. Estou fora do que quer que vocês, rapazes estejam
planejando.
- Rick, Cris não quer que vocês façam nada com o carro deles. Você e o Douglas
sabem disso, né?!
- Katie!- A voz de David os interrompeu - Tia Marta disse para você andar logo.
- Prometa-me que não vai fazer nada com o carro deles, Rick. Eu sou a dama de
honra. Tenho que proteger Cris. Me ajuda nisso. Por favor, não...
- É melhor ir - Rick apontou para a direção de Tia Marta e o fotógrafo. Aliás, suas
flores estão tortas.

Ela partiu em direção a treliça, olhando para o bouquet que estava em suas
mãos. O que ele quis dizer com “suas flores estão tortas”? Elas estão apenas
fazendo o balanço delas. Estão só um pouco espalhadas, e, talvez, faltando um
botão de rosa.

- Pelo amor de Deus, Katie, está tudo torto - Tia Marta chegou perto e deu uma
puxada para o lado no enfeite de cabelo que Katie estava usando na cabeça
como uma coroa, que fazia parte do figurino de dama de honra.

De repente, o comentário que o rapaz com barbicha-de-bode fez sentido, assim
como o comentário do Rick também. A presilha dela tinha escorregado. Katie fez
seus próprios ajustes com os dois grampos de cabelo depois que Marta terminou o
seu “ataque”. Com o cabelo arrumado de novo, ela perguntou:

- Está melhor?
- Vai ficar. Marta foi para o outro lado e estalou os dedos, como se estivesse
encarregada de dar as ordens para o fotógrafo.

David chegou mais perto de Katie e colocou seu braço em volta dos ombros dela.

- O que está fazendo? Katie disse.
- Posando para a foto.

Ela se balançou pra fora do braço pesado dele.

- Apenas sorria, David. Isso é tudo o que você precisa fazer. Sorrir. Desse jeito.

Katie deu um largo sorriso de “giz” para o fotógrafo. O fotógrafo olhou por cima
das lentes de trás da câmera.

- Um pouco menos exuberante, se você não se importar. - Ele capturou a pose e
disse
- Agora uma pose casual.

David esticou o braço na direção de Katie. O odor do suor de adolescente era
forte o suficiente para fazer as flores do bouquet murcharem.

- Estou te avisando, David, tire suas patas de mim.

As palavras de Katie escaparam por entre seu sorriso. David abaixou o braço.

-Isso! - O fotógrafo fez um aceno com a cabeça e saiu com a câmera.

Katie soltou um “Obrigada” e notou que o rapaz da barbicha-de-bode estava
parado no final da fileira de cadeiras perto de Trícia, a outra dama de honra.

Trícia era casada com Douglas, e os dois estavam esperando seu primeiro bebê
em pouco menos de um mês.

- Ted e Cris estão prontos para sair? - Katie gritou por entre as fileiras de cadeiras
vazias.

Trícia confirmou com um aceno de cabeça, suas mãos envolviam o topo de sua
barriga redonda.

- Eu vim te chamar. Eles estão na capela assinando a certidão de casamento. Eles
precisam que você assine como testemunha.

Katie se apressou para atravessar o gramado em direção à pequena capela de
oração localizada na extremidade da universidade. A capela era um dos tesouros
favoritos de Katie no campus do Rancho Corona. A campina gramada no fim da
alta planície que cercava o campus, geralmente era usada apenas como caminho
para um longo passeio. Fazer o casamento ao ar livre nesse grandioso espaço
tinha sido idéia do Ted, e foi uma ótima idéia. Sem dúvida a campina, a partir de
agora, passará a ser um local freqüentemente requisitado por outros estudantes
do Rancho Corona para a realização de casamentos.

Pegando um atalho por entre as palmeiras, Katie se surpreendeu com o vislumbre
brilho do sol que de longe, refletia dentro do brumoso campo azul do Oceano
Pacifico. O ar já estava ficando fresco.
Profundamente, a camada atmosférica de pêssego com as sombras da primavera
sugeria um toque de glória na paisagem do pôr do sol.

Katie sorriu. Ela achou fácil acreditar que Deus estava incrementando Seu toque
festivo ao final do dia perfeito de Cris e Ted. Num sussurro, Katie disse: O Senhor
irá abençoá-los, Deus Pai? Abençoe todos os anos que eles irão viver. O Senhor
tem sido tão bom para eles.

Com um nó na garganta, ela adicionou: Eu não sei o que exatamente o Senhor
tem em mente para mim a partir de agora, mas o Senhor irá me abençoar
também? Se Rick não for o cara certo para mim, me faça perceber isso logo. Eu
não quero tentar me convencer que ser a namorada do Rick é uma de suas
“Coisas de Deus” se isso for apenas uma “Coisa da Katie”.

Chegando à capela, Katie parou, e antes de abrir a porta adicionou um “PS” em
sua oração: Se o Senhor não quer que eu e o Rick caminhemos mais adiante em
nosso relacionamento, faça com que nós terminemos. Essa dúvida de ser a
“quase” namorada dele está me matando. Principalmente hoje.

pensamentos..

Heeeeeeeeeeeeey anonys!
eu estava pensando com meus botões: "por que eu não coloco a série Katie aqui? Seria uma boa ideia"
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee *--* oook

Katie.

Boa madrugada :D
Eu estava sem sono e decidi ler um pouco mais da Série Katie.
Eu me deparei com um parágrafo que me marcou. Nós sempre temos tempo para tudo, como diz Eclesiastes 3, mas quando foi a última vez que você parou o seu mundo e o dedicou para o Senhor?

"Mas Adassa.." Mas Adassa uma ova.

Nesse capítulo, Katie vai em um acampamento com a faculdade Rancho Corona, é um faculdade evangélica. Os responsáveis separam um dia para todos do acampamento terem um momento a sós com o Criador. Nesse dia a Katie decide procurar onde se encontra "Tesouro Peculiar" (Êxodo 19.5), e ela vai folheando a Bíblia, nisso ela se depara com um versículo que um amigo havia recitado no dia anterior:

"Ela pensou no comentário de Craig um dia antes sobre os filhos de Israel carregando
pedras para fora do Rio Jordão para construir um monumento. Doze pedras para as doze
tribos de Israel."


Ela estava debaixo de uma árvore de eucalipto. Vou terminar esse texto com pedaços do livro.

"Então, porque o coração dela se sentiu tão preenchido e porque ela quis se lembrar desse
momento, Katie procurou à sua volta por doze pequenas pedras. Ela as empilhou do
melhor jeito, ali debaixo do eucalipto."


O que eu quero ressaltar nessa parte é a oração dela.

"Colocando de lado a vergonha e se lembrando de que ninguém além de Deus a estava
assistindo, ela levantou suas mãos ao céu e orou em voz alta com uma alegria solene
preenchendo seu coração. “Pai, hoje nesse lugar Você me lembrou de Quem Você é.
Você me lembrou de que Você tomou meu lugar de abandono e me libertou de uma
infância solitária. Você me trouxe para um lugar de esperança, amizade, e amor
simplesmente porque Você escolheu derramar Seu Amor sobre mim. Eu coloco essas
pedrinhas aqui hoje porque eu quero me lembrar de Quem Tu és. E eu não quero me
esquecer da verdade que me mostrastes hoje. A verdade que...
” Katie mal podia
pronunciar as últimas três palavras. “... Você me ama.
"

Lembre-se de começar o dia na presença do Senhor. as misericórdias Dele se levantam antes do sol. Ele é teu Criador, Ele quer um tempo com você, aliás, foi Ele Quem te criou, não foi?

Paz e Graça irmã(o),
A&A

sábado, janeiro 07, 2012

Escrito por uma menina

Estou aqui pra responder ao texto de vocês, e creio que estou falando por todas nós, meninas. Nós não queremos um cara com um corpo definido, que vá a academia todos os dias. Nós queremos um cara com coração. Pensamos em beleza também, mas nossa definição de beleza pode ser, as vezes, diferente da de vocês. Queremos um amigo, acima de tudo um amigo. Queremos alguém para assistir filmes com a gente no domingo chuvoso durante a tarde, queremos alguém para conversar, desabafar, queremos alguém não só para beijar, e sim abraçar. Não queremos, nem precisamos de presentes, isso são só bônus, que não fazemos questão mesmo. Gostamos quando brincam com nosso cabelo, é bonito. Gostamos de quando se importam com um problema de alguém da nossa família ou amigo nosso que não tem nada a ver com vocês, demonstra afeto. Ah! Adoramos quando nos olham dentro dos olhos. Não precisamos de vários “Eu te amo” por dia. Pode até parecer falso depois de um tempo. Não queremos também, ser tratadas como um bonequinho que é usado por uma noite só. Aliás, aprendam uma coisa: As meninas podem falar até de ficar por ficar, mas depois, elas sempre vão criar um sentimento por ti. Não façam ela se iludir, se não vai querer nada depois. Meninas se divertem também, precisam de um tempo com as amigas, fofocando, fazendo compras, indo ao cinema e falando coisas de menina. Temos ciúmes das suas amigas porque somos inseguras. Não é fácil ser tão segura como as vezes parecemos ser. Temos medo de encontrarem alguém melhor e sermos trocadas, já que aconteceu pelo menos uma vez na vida de qualquer uma. Gostamos de beijos inesperados. Gostamos de quando vocês nos apresentam aos seus amigos e dizem nos olhando com orgulho: “Essa é minha namorada”. Gostamos quando sentem ciúmes, mas não exagerem, tudo que é demais é chato. É legal receber mensagens de madrugada com palavras. Sinceras, de preferência. Quando falamos que não queremos que paguem para nós, é charme, vergonha, não se preocupem com isso. Gostamos quando tiram fotos conosco sem termos que pedir. Gostamos de brincadeiras, apelidos, implicâncias com selinho no meio. Beijo depois de uma briga séria é o ideal. Não falar da boca pra fora durante uma discussão é regra. Ficar com outra pra fazer ciúmes é o fim. Quando não tiverem o que falar se estivermos tristes e chorando, não vão embora. Fiquem com a gente, nos abrace. Sussure um “eu me importo” em nossos ouvidos e podem ter certeza de que isso foi o suficiente. Sorriam bastante, meninas amam sorrisos. Não se arrume tanto. Gostamos do seu jeito desleixado de se vestir, é o estilo de vocês. Faça-nos surpresas. Nada exagerado, nada muito caro. Uma música, um violão, é o suficiente para deixar uma garota sorrindo a semana inteira. Dê atenção enquanto ela fala. Não troque um dia com seus amigos por um dia com ela, ela vai sentir que está te prendendo, e se sentirá mal. Levem-nos a festas, é bom sair um pouco. Conte da sua vida para a gente, seus medos, seus sonhos, seu passado, tudo isso nos interessa. Nos deixem adormecer em seu colo. Veja filmes de romance com a gente, mesmo que não goste, entenda. Não queremos que digam que estamos lindas, se não estamos. Queremos, como disse lá em cima, um amigo, então, sinceridade. Gostamos de andar de mãos dadas, é sinal de que você sente orgulho por estar conosco. E por último, e nem por isso, menos importante: Não nos conquiste se a intenção não for cuidar de nós.

Escrito pelos homens.

Garotas, leiam.
Nós, homens, não nos importamos se você falar com outro cara. Não nos importamos se vocês são amigas de outros caras. Mas quando vocês estão sentadas com a gente e um cara qualquer aparece e você sai correndo e pula em cima dele, sem nem ao menos nos apresentar, é, é bastante irritante. E não ajuda se você chamar ele pra sentar com a gente e ficar conversando dez minutos com ele sem nem se dar conta do fato de que ainda estamos ali. Não nos importamos se um cara te telefona, ou te manda uma mensagem, mas se isso acontece às 2 da manhã, nós nos incomodamos um pouco sim. Nada de tão importante costuma acontecer às 2 da madrugada que não possa esperar até o amanhecer. Além disso, quando te dissermos que você é bonita/linda/estonteante/maravilhosa, nós estamos falando a verdade. Não diga que estamos errados. Uma hora vamos parar de tentar te convencer. A coisa mais sexy numa garota é confiança. Mas ter confiança não significa ser convencida. Não se irritem quando abrirmos uma porta para você. Aproveitem e abusem do meu humor. Nos deixem pagar as coisas pra vocês! Não se ‘sintam mal’, nós gostamos de fazer isso. Não é mais que o esperado. Sorriam e digam ‘obrigada’. Nos beijem quando não há ninguém olhando. Mas, se vocês nos beijarem quando sabem que alguém está olhando, ficaremos impressionados. Vocês não precisam se arrumar para nós. Pra começar, se formos sair com vocês, vocês não precisam sentir a necessidade de colocar a sua saia mais bonita ou passar todos os tipos de maquiagem que vocês têm. Gostamos de você por quem você é, e não pelo que vocês têm. Sinceramente, eu acho que uma garota fica mais bonita de pijama ou com uma camiseta minha e um shortinho qualquer do que toda embelezada. Não levem tudo o que dissermos a sério. Piadas e brincadeiras são coisas lindas. Tentem enxergar a beleza delas. Não se irritem tão facilmente. Não fiquem falando sobre como o Chris Brown, o Brad Pitt ou o Taylor Lautner são lindos. É tedioso, e nós não nos importamos. Você tem amigas pra isso. E meninas, isso é o mais importante: se um cara não está te tratando bem, não espere que ele mude! Dispensa essa vergonha para a população masculina da Terra, e ache alguém que te trate com respeito. Alguém que honre seu código moral. Alguém que te faça sorrir mesmo no seu pior momento. Alguém goste de você mesmo quando você erra. Alguém que pare o que está fazendo só pra te olhar nos olhos e sorrir. Deem uma chance pros caras legais. Homens, copiem e colem essa mensagem se concordarem. Mulheres, copiem e colem se a acharem bonita. Qualquer homem que não for um babaca vai concordar com isso, e espero que todas as garotas postem isso nos seus murais. A vida é curta demais pra ficar reclamando de tudo que aparece no seu caminho, então pare e cheire as flores da vida, porque você pode nunca mais ter essa oportunidade. Pare e aproveite, porque cada uma é diferente à sua própria maneira. Corra riscos, porque se não der tudo certo, sempre haverão mais flores para se cheirar.